As principais complicações das varizes
As varizes são veias dilatadas e tortuosas que perderam sua função. Muito além dos prejuízos estéticos, as complicações das varizes trazem inúmeros problemas circulatórios que devem ser analisados por um angiologista ou cirurgião vascular.
Infelizmente, um diagnóstico tardio pode necessitar de tratamentos mais invasivos e resultar em complicações das varizes mais graves como a trombose venosa profunda. Por isso, ao notar os primeiros sintomas, é fundamental buscar ajuda médica especializada para evitar que o quadro evolua.
A seguir, falaremos um pouco mais sobre as principais complicações da varizes.
Principais complicações das varizes
O diagnóstico precoce das varizes protege o sistema circulatório de ser ainda mais afetado pelo fluxo inadequado do sangue. O cirurgião vascular avaliará cada caso individualmente e recomendará o melhor tratamento de acordo com as características do problema.
Mas, se o paciente não quiser buscar tratamento, quais são as principais complicações das varizes? Quando o tratamento não é realizado, o organismo pode ser colocado em risco e ser afetado por complicações, como:
Insuficiência Venosa Crônica
Os principais sintomas associados à insuficiência venosa crônica são dor, coceira, queimação, cãibras musculares, formigamento, inchaço, sensação de peso e fadiga. São fatores de risco para o desenvolvimento desta condição, a idade avançada, o número de gestações, o sexo (feminino), a obesidade e o histórico familiar.
Úlcera Venosa
As úlceras venosas são a principal consequência do agravamento da insuficiência venosa crônica. Ela é caracterizada por uma ferida grande e profunda, de difícil cicatrização, que causa muita dor e desconforto quando as varizes estão em seu estágio final. Há um grande risco de infecção que favorece outros problemas de saúde.
Mesmo depois de tratada, os cuidados com a úlcera venosa precisam ser permanentes para evitar que as úlceras se formem novamente.
Trombose
A trombose é a segunda maior complicação das varizes e é caracterizada pela presença de coágulos sanguíneos dentro da veia. Existem dois tipos de trombose: a venosa profunda e a superficial.
Trombose Venosa Superficial: a tromboflebite atinge a parte mais superficial da pele e sua inflamação é provocada pela presença de coágulos sanguíneos nas veias menos profundas. Apesar de não ser tão perigosa quanto a trombose venosa profunda, merece atenção e cuidados especiais.
Trombose Venosa Profunda: é caracterizada pela presença de coágulos sanguíneos rígidos, que podem se desprender e seguir em direção aos pulmões. Quando consegue chegar a este órgão, pode causar entupimentos graves e resultar em uma embolia pulmonar.
Dermatite Ocre
A dermatite ocre causa manchas de aspecto escurecido na região dos pés ao extravasar o sangue acumulado nas veias. Essas manchas são muito difíceis de serem removidas, mesmo após o tratamento para as varizes;
Eczema
O eczema começa com um desconforto e coceira, que pode se transformar em uma ferida e evoluir para uma úlcera venosa;
Varicorragia
A varicorragia é caracterizada por uma veia saltada na pele que pode sangrar por qualquer motivo em função de sua fragilidade. Devido à insuficiência venosa na perna que possui varizes, há uma quantidade maior de sangue represado, aumentando a pressão local e fazendo com que as veias eventualmente arrebentem sem qualquer motivo aparente.
Caso isso ocorra com você, deite-se com as pernas elevadas, pressione o local para evitar a perda de mais sangue e faça um curativo para parar o sangramento. Em seguida, busque orientação de um médico vascular.
As veias possuem diferentes espessuras e são tratadas conforme o calibre de cada vaso e os sintomas que o paciente apresenta. Por isso, mesmo que seus sintomas sejam leves, busque uma avaliação com um angiologista ou cirurgião vascular para que não haja complicações das varizes.
Observe o seu corpo, ao notar qualquer anormalidade, busque ajuda especializada. As varizes têm tratamento e buscar ajuda precoce evita muitos incômodos futuros.
Agende uma avaliação com um dos especialistas da Vessel Medicina Vascular.
Escrito por Dra. Danielle Corrêa de Andrade – CRM/PR 28117, médica cirurgiã vascular e endovascular.
