Cirurgia de Varizes
Apesar das diferentes opções de tratamento disponíveis atualmente, as varizes mais calibrosas ou que estão ligadas às veias safenas ou mesmo a outras veias nutridoras maiores, podem não responder às técnicas realizadas em consultório, sendo muitas vezes necessária a realização de uma cirurgia. Até alguns anos, a única forma de tratar as safenas doentes era realizando sua retirada, o que geralmente levava a uma recuperação mais prolongada, necessitando de um período maior de repouso e também maior dor no pós operatório.
Hoje temos a opção de utilizar o laser endovenoso para tratamento das safenas, o que proporciona um pós operatório mais confortável , pois o período de repouso é mais curto e menos doloroso. Da mesma forma, por causar menos hematomas e inchaço no pós operatório, a recuperação estética é mais rápida.
Doença Arterial Obstrutiva Periférica (DAOP)
Na Cirurgia Vascular também são realizados procedimentos cirúrgicos de membros inferiores, que compreendem em sua maior parte o tratamento da Doença Arterial Obstrutiva Periférica. Esta doença é causada pela Aterosclerose, na qual placas de gordura e de cálcio entopem as artérias, que são os vasos que levam o sangue do coração para as pernas e pés. A doença possui diversas apresentações clínicas, que vão desde dor nas pernas para correr ou caminhar, até casos mais graves com feridas, úlceras, ou necrose das extremidades.
Os fatores de risco da doença são principalmente diabetes e tabagismo, mas também hipertensão arterial, aumento do colesterol e tendência genética. O tratamento pode ser com medicações, procedimentos endovasculares ou cirurgias abertas.
Com o avanço da doença, tornam-se necessários procedimentos de revascularização dos membros, as famosas “pontes de safena”, para levar o sangue até as pernas e pés, ultrapassando assim os pontos de lesão. Apesar do nome, tais pontes podem ser realizadas com veias (safenas) ou próteses. Os tipos de pontes são os mais diversos, de acordo com a necessidade do paciente.
Desta maneira, o paciente pode ter suas feridas cicatrizadas ou a dor para caminhar diminuída, proporcionando melhor qualidade de vida.
Em menor escala, são realizadas ainda as cirurgias para correção de aneurismas arteriais de membros inferiores (dilatações das artérias) ou de síndromes musculares compressivas.
Fistula Arteriovenosa
A insuficiência renal se caracteriza pela perda progressiva da função renal, sendo os fatores de risco mais conhecidos para a perda da função renal a diabetes mellitus e hipertensão arterial sistêmica. Muitos pacientes com insuficiência renal crônica irão em algum momento do tratamento necessitarão de realizar diálise.
O tratamento dos pacientes portadores de insuficiência renal crônica terminal está baseado nos programas de hemodiálise, diálise peritoneal e transplante renal, sendo a hemodiálise a terapêutica de maior alcance na atualidade. A maioria dos pacientes com insuficiência renal crônica não tem a possibilidade de realizar transplante renal com doadores vivos e até que tenham a possibilidade de um rim cadavérico, deverão ser tratados com alguma modalidade de diálise.
A fístula arteriovenosa é o acesso vascular preferível para hemodiálise, pois apresenta menor índice de infecções e tromboses, tem maior durabilidade, além de exigir menos procedimentos para sua manutenção. Cabe ao cirurgião vascular providenciar tais acessos, tanto a confecção de fístulas quanto implante de cateteres.
Endarterectomia de Carótidas
A estenose da carótida é uma doença que ocorre quando as artérias carótidas, principais responsáveis pelo fluxo de sangue no cérebro, se tornam estreitas ou ficam obstruídas.
Estenose de carótida se deve ao acúmulo de placas de colesterol (gordura e cálcio), sendo responsável por 10 a 20% dos casos de acidente vascular cerebral (AVC). Apresenta como fatores de risco: dislipedemia (colesterol elevado), hipertensão arterial sistêmica, diabetes e tabagismo.
Sintomas como: paralisia ou parestesia de um lado do corpo, perda da visão momentânea e pacientes com diagnóstico de AVC devem ser investigados para uma possível alteração nas carótidas.
O tratamento cirúrgico da estenose de carótida, chamado de endarterectomia de carótida, consiste na retirada da placa de aterosclerose com objetivo de evitar um novo episódio de AVC.